Governança Corporativa
9/12/2016

Governança Corporativa

Entrevista com Ricardo Bastos, Presidente do Grupo Semil

Qual a sua visão sobre a existência de Conselhos Administrativos ou Comitês de Gestão nas empresas familiares?

O Empresário, dono ou membro da família, são empreendedores natos. Criam expectativas e, muitas vezes, forte ansiedade ao se lançarem frente às oportunidades. Possuem processo decisório rápido e com maior flexibilidade. Para trazer um equilíbrio a essas questões, há a necessidade de se contar com um Conselho de Administração com um grau intelectual elevado e bem integrado para lidar, principalmente, com as questões e decisões críticas.

 

Como você entende o papel de uma consultoria externa, como membro desses órgãos? Como essa consultoria poderia contribuir?

Em uma empresa familiar, muitas vezes, aspectos como vaidade ou sede de poder, podem sobrepor às responsabilidades naturais e habituais dos sócios, ou seja, corre-se o risco de se negligenciar a gestão e a administração corporativa. Neste sentido, passa a ser “mandatório” constituir um Conselho de Administração profissionalizado e independente, em que a presença de consultores externos pode contribuir para a existência de uma visão ampla e isenta, com referências das boas práticas de mercado. As contribuições adicionais dessas consultorias são:

– Identificar pontos a serem melhorados na gestão, com foco prioritário também no encantamento do cliente interno e externo, em prol do comprometimento de se superar as metas de Lucratividade e Rentabilidade preestabelecidas, zelando pela Sustentabilidade e Responsabilidade Social;

– Contribuir para a gestão dos KPI’s, do Plano Estratégico, do Plano de Negócios e do Orçamento “Pedra” da Corporação;

– Trazer referências externas para as Políticas de RH e para a Gestão da Qualidade.

Qual a agenda principal dos executivos que buscam a profissionalização da gestão de suas empresas e a melhoria dos resultados de forma sustentável? Quais os focos e pontos de dedicação? Como eles compõem essa agenda?

São focos que merecem dedicação e prioridade alta:

– Autodesenvolvimento;

– Gestão de Pessoas, com desenvolvimento de líderes e equipes de alta performance;

– Definição de Plano Estratégico e de Negócios, com foco no “Core Business”;

– Estabelecimento de Estratégias Financeiras e de um Plano Orçamentário Anual, denominado Orçamento “Pedra”;

– Foco em Performance, adicionando valor à Produtividade;

– Ter os KPI’s estratégicos definidos e que sirvam de base para motivação e monitoramento do Lucro Requerido e da Rentabilidade da Corporação;

– Implantação de Plano de PLR, Cargos e Salários e Avaliação de Desempenho;

– Estar preparado para correr riscos;

– Estruturar parcerias que adicione valor ao “Core Business”;

– Comunicação Transparente e Eficaz.

Também são sugestões para a agenda de um executivo:

– Delegar as atividades de forma adequada, para favorecer uma liderança de alta performance;

– Parcerias com Consultorias Externas;

– Reestruturação periódica e eficaz do negócio, para atender a demanda mercadológica;

– Estabelecimento de um Plano de Sucessão, podendo inclusive implantar um Programa de “Trainee” bem estruturado, em busca de novos talentos, com foco na sustentabilidade intelectual.

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